terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Beber, cair e levantar! Não fizemos isso! Mas essa foi a música tema da viagem!



Tudo começou no aeroporto (14/02) com a recepcionista da locadora de carros, Stephânia e sua bocarra vermelha com 64 dentes, com a qual não conseguimos negociar um aluguel. Desistimos e tomamos um táxi com um motorista chamado: Seu Tempero. Ele nos contou que o aeroporto na verdade fica em Baieux, cidade onde só moram os cornos...
Pernoitamos no hotel Costa do Atlântico (Praia de Tambaú – JP) e no dia seguinte (que ainda era dia 14) alugamos um carro e fomos para Recife, paramos na famosa Praia de Boa Viagem para almoçarmos.
Depois de nos perdermos e nos acharmos, finalmente chegamos no destino almejado: PORTO DE GALINHAS. Fomos direto para o albergue, Pousada Casa Branca, onde ficamos por 2 noites. Excelente pedida para quem for para lá.
Fomos dar uma volta e tentar descobrir o que teria para fazer à noite. Todos indicaram uma boate chamada Santeria.
Essa boate é uma homenagem aos orixás da religião Camdomblé que em caribenho recebe o nome de Santeria. A boate é super legal. Fomos na noite de música latina e assistimos ao show com um cantor, que era super parecido com o Jackie Chan e, que foi gentilmente batizado por nós de: Jackie Cha-Cha-cha. Depois o DJ tomou conta da situação, logo podemos dizer que, dançamos de La Barca ao Creu velocidade 5! Essa foi a única noite em que a tentativa de ficar bêbada foi bem sucedida, não foi Alessandra?
No dia 15/02 acordamos e fomos para a praia de Macaraípe, que é, sem sombra de dúvidas um dos lugares mais bonitos que eu já vi na vida. Passeamos de jangada com Serginho e Valdinho, vimos os cavalos-marinhos, tudo isso por apenas 8 reais. Depois fomos curtir a praia e almoçar, foi um dia maravilhoso. À noite passeamos, compramos os souvenirs e jantamos uma pizza quadrada, quadrada mesmo.
Não posso esquecer de mencionar que fomos todos os dias ao Café Brasil, melhor café do mundo.
Dia 16/02, apesar da falta de vontade, pegamos o carro e fomos embora, mas antes demos uma passada em Olinda. Que lugar é aquele? Quero morar lá! Passamos uma tarde bem gostosa em um bar à beira(mesmo)-mar, onde mais tarde conhecemos uns paulistas que nos indicaram o Alto da Sé, onde pudemos ver aquela igreja maravilhosa.
Como tudo que é bom dura pouco, partimos para a o albergue em João Pessoa, Pousada Manaíra. Podem ir e procurar pelo Junior, eleito o melhor recepcionista da viagem! Chegamos às 11 da noite e ainda tivemos forças para tomarmos um banho e irmos curtir um forró pé de serra e depois fomos para o Mr. Caipira, onde conhecemos assistimos a um show bem interessante.
Dia 17/02 acordamos e fomos para a Praia do Cabo Branco, e depois de ouvir tanto forró, arrocha e techno-brega, achamos um pagode de mesa em um dos quiosques. Nem preciso dizer que nos acabamos de dançar. Seguimos para Praia do Jacaré, uma praia fluvial, onde todos os dias o Bolero de Ravel é tocado durante o pôr-do-sol, e às 6 o violinista tocou a Ave-Maria. Foi emocionante, de arrepiar mesmo. Depois o forró pé de serra comeu solto e à noite resolvemos comer algo que não tivesse leite de coco, macaxeira, ou seja, nada regional. Dormimos para aproveitar o dia seguinte que seria o último.
Dia 18/02, tentamos achar o Centro Histórico de JP, mas não vimos nada demais e seguimos para a Praia do Poço, praia quase deserta, lindíssima. Depois fomos passear pela cidade linda de JP, comprar mais coisas, comer tapioca feita na hora, dar mais um mergulho na piscina do albergue, ficar triste, arrumar as malas, sair para mais um último bar, ficar triste, pegar as malas, ir para o aeroporto, ficar triste, entrar no avião, voltar para casa...e descansar...e descansar...
Gostaria de agradecer a Sabrina e Alessandra, por terem me acompanhado nessa viagem, vocês são ótimas amigas e companheiras de viagem. Essa foi com certeza, a melhor viagem da minha vida!!!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Derrotas em flashback (1): O Asa arreia!!!

Em um sábado, ressaquiadas de uma sexta agitada, fomos para o Rio, para a casa de um amigo na Barra e de lá nos arrumamos e fomos à gravação do DVD do Asa de Águia no Rio Centro.
Logo eu, que não gosto de axé, tampouco de micareta.
O calor estava insuportável, a sede incontrolável e a cerveja em uma promoção irresistível: compre uma e leve duas. Ou seja, derrota iminente.
Chegou uma hora em que eu já cantava as músicas e tentatava fazer as coreografias. Sabrina, por sua vez, só sabia dizer: “Vamos reabastecer?”, o que depois de um certo momento tornou-se: “Vamummm, é, é, é... re$#*-tecer, amigam!!?"
A luz acabou na metade do show e o gerador apenas conseguia iluminar o lugar e o show nada de recomeçar. Retornando do banheiro, achei Sabrina, sentada no meio-fio, quietinha, de cabeça baixa. Perguntei se ela queria ir embora, ela levantou a cabeça lentamente e sacudiu os ombros com indiferença.
Ajudei-a levantar e fiquei pensando no que faríamos em relação ao carro, já que eu não tenho carteira, há anos não praticava e também já estava alterada.

- Sabrina, como que a gente vai pra casa?
- jkhfgihjdgh dflkjgoiert sdgljkrdogi
- Hein?
- Pede dfjnfduh ghjrtorg kljgiorhjt ...

Entendi que era para chamar o nosso amigo. Chamei, e ele falou que não poderia entrar no estacionamento e que eu teria que chamar alguém para tirar o carro dali.
Achei um segurança e ele disse que se fosse até o portão, como ele voltaria!!? Eita bicho preguiçoso, viu? Pedi, irritadamente, para que retirasse o carro da vaga que eu faria o resto!

- Esse aqui é o freio, aqui é o acelerador e aqui a embreagem, certo?
- Não moça, é o contrário. Aqui é a embreagem e aqui é o freio.
- Ah, tá! Podexá que agora vai!
TOC, TOC (o segurança batendo no vidro do carro)
- Que que foi? – mais uma vez irritada!
- Moça, você tem que soltar o freio de mão!

Nossa, que vergonha!
O carro finalmente começa a sair do lugar e, de repente Sabrina levanta do banco de trás e fala com toda a sua ébria sabedoria:

- Amigam, bisa na embreagi e passa a seguda! ( e desaba novamente)

Passei a segunda. Ah, e a terceira também!
“Estacionei” o carro do lado de fora e enquanto aguardava, ouvia Sabrina cantar: “O Asa arreia...arreia...arreia...”, mandando eu me calar, quando na verdade no carro estava o maior silêncio.
Depois adormeceu no poder da cevada.