domingo, 29 de agosto de 2010

Maria Bethânia - Novo espetáculo

Lembro de quando eu era criança e ficava ouvindo junto com os meus pais os vinis que eles tanto gostavam, e Bethânia tava sempre lá, cantando, maravilhosa. Eu nem dava muito valor, fica fazendo palhaçada com as músicas dela, coreografias loucas. Achava engraçado a voz nasalizada dela. "Primeiro você me azucrina, me entorta a cabeça..."
Cresci e me apaixonei por sua voz, voz aliás que considero, dentre as femininas, uma das melhores do Brasil.
O primeiro show que eu assisti, foi na praia de Copacabana. Que show maravilhoso, que voz maravilhosa. Já havia me emocionado em shows, mas Bethânia conseguiu me fazer chorar com sua sensibilidade artística, nunca vi intérprete igual, nunca. Ainda não.
Ela é sem sombra de dúvidas minha cantora predileta, sou fã de carteirinha.

Maria Bethânia vai estreiar agora no Rio, noTeatro Fashion Mall (nos dias 3, 4, 5, 10, 11 e 12), o espetáculo: "Bethânia e as palavras - Leituras". Ela recitará texto de compositores, poetas e compositores que marcaram a sua trajetória, como Manuel Bandeira ("Trem de ferro"),Caetano Veloso e Fernando Pessoa ("Os argonautas"), Amália Rodrigues ("Estranha forma de vida"), entre outros.

Bethânia recitando Soneto do Amor Total (Vinícius de Moraes):

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

ESTRÉIAS!!!

Primeiro foi mal por estar sem escrever a tanto tempo (pra variar), as pessoas mandar e-mails, mas não deixam 1 recadinho no blog! 
Ô carência!!! rs

Vale lembar que o objetivo não é atualizar ninguém de nada, falo dos filmes antigos e dos novos também, depende da minha vontade! Mas hoje eu não resisti, dando uma fuçadinha aqui e outra ali, acabei recebendo no twitter que no Grupo Estação teremos uma pré-estreia e 4 estréias...aí que vontade de ver todos...ai, ai...
Bom, mas chega de suspirar e vamos ao que interessa:

PRÉ-ESTRÉIA:

Filme: Quando me apaixono (Then she found me)
Direção: Helen Hunt
Roteiro: Alice Arlen e Victor Levin
Gênero: Comédia, Drama e Romance
Ano: 2007
Duração: 100 minutos
País: EUA

Sinopse: Professora novaiorquina (Helen Hunt) entra em crise quando, em uma rápida sucessão de acontecimentos, seu marido (Matthew Broderick) a deixa e ela se apaixona pelo pai (Colin Firth) de um de seus alunos. Para complicar, sua mãe adotiva morre e a mãe biológica Bernice Graves torna-se uma excêntrica apresentadora de TV.


ESTRÉIAS

Filme: Coco Chanel e Igor Stravinsk
Direção: Jan Kounen

Roteiro: Chris Greenhalgh
Gênero: Drama e Romance
Ano: 2009
Duração: 120 minutos
País: França

Sinopse: Coco Chanel, devotada a seu trabalho e apaixonada pelo charmoso e bem sucedido Arthur Boy Capel, comparece ao Théâtre des Champs-Élysées, onde Igor Stravinsky mostra pela primeira vez a sinfonia A Sagração da Primavera. Ela se encanta pela música, mas o público vaia uma obra revolucionária e moderna para seu tempo.
Sete anos mais tarde, Coco e Igor se reencontram em situações opostas. Ela agora é uma estilista famosa, rica e respeitada, e vive a dor da morte de Boy, enquanto ele vive em exílio na França após a Revolução Russa. A atração entre os dois é imediata. Coco o convida para se hospedar em sua casa de campo para compor; Igor aceita e muda-se com a mulher e filhos. Um intenso romance então se inicia entre os dois artistas na fase mais criativa de suas carreiras.

Filme: Luto como mãe

Direção: Luis Carlos Nascimento
Roteiro: Luis Carlos Nascimento, Fabian Remy, Julio C. Siqueira
Gênero: Documetário
Ano: 2009
Duração: 70 minutos
País: Brasil

Sinopse: A cidade do Rio de Janeiro, Brasil, é palco de execuções sumárias e arbitrárias cometidas por agentes do Estado. Cada morte arrasta consigo a dor de quem fica, afetando todo o seu círculo social, especialmente a família e amigos. O documentário “Luto Como Mãe” centra-se nas histórias destes sobreviventes, majoritariamente mulheres, e no seu rito de passagem do luto à luta por justiça e contra a invisibilidade.



Filme: Cabeça a prêmio
Direção: Marco Ricca
Roteiro: Felipe Braga e Marco Ricca, com colaboração de Marçal Aquino e baseado em livro de Marçal Aquino

Gênero: Drama
Ano: 2010
Duração: 104 minutos
País: Brasil

Sinopse: Miro (Fúlvio Stefanini) e Abílio (Otávio Muller) são irmãos e prósperos pecuaristas do centro-oeste brasileiro. Simultaneamente, controlam uma pequena rede de negócios ilícitos. Miro possui forte ligação afetiva com sua família, em especial a esposa Jussara (Ana Braga) e a filha Elaine (Alice Braga). Abílio discorda do modo como o irmão conduz seus negócios e acompanha, de longe, o envolvimento da sobrinha com o piloto Dênis (Daniel Hendler). A revelação deste romance e as investidas de Abílio contra Dênis mudam completamente o panorama familiar.



Filme: Um doce olhar (Bal / Honey)
Direção: Semih Kaplanoglu 
Roteiro: Orçun Köksul e Semih Kaplanoglu
Gênero: Drama
Ano: de lançamento 2010
Duração: 103 minutos
País: Turquia / Alemanha

Sinopse: Yusuf (Bora Altas) é uma criança que mora com os pais numa isolada área montanhosa. Para ele, a região de floresta torna-se um verdadeiro mistério e aventura a partir do momento em que ele acompanha o pai em um dia de trabalho. O filme acompanha sua incrível jornada pela busca de algum sentido a sua vida.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Desmistificando Chico

Sei que o título é um pouco petulante, mas não é nada disso que vocês estão pensando, mas acontece que por anos tenho dúvidas sobre a(s) letra(s) da música "O que será?" do nosso amantíssimo Chico Buarque de Hollanda.
Sempre me perguntei: o por quê de 3 versões? Por que dizem que uma é versão política, a outra fala do orgasmo e a outra fala de num sei o quê das quantas?
A próxima pergunta é: Por que é que falam tanta merda???
Bom, hoje resolvi dar uma fuçadinha do site do próprio autor e achei uma nota lá assim:

Feita para o filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos", a canção "O Que Será" tem três versões, que marcam passagens diferentes da trama: "Abertura", "À Flor da Pele" e "À Flor da Terra". Cantada no filme por Simone, a versão "À Flor da Terra" (três estrofes de doze versos) alcançaria grande sucesso na gravação de Chico Buarque e Milton Nascimento, que abre o elepê Meus caros amigos, um dueto, aliás, que aconteceu por mero acaso. Chico estava na gravadora ensaiando a canção com Francis Hime, quando Milton, de passagem pelo estúdio, ouviu e gostou. Daí surgiu o convite para a gravação, depois retribuído com a participação de Chico num disco de Milton, cantando com ele "À Flor da Pele". Mas "O Que Será", em qualquer das versões, é uma obra-prima, no nível das melhores criações de Chico Buarque, com sua melodia forte e sua letra libertária, um tanto ambígua em certos aspectos: "O que será que será / que todos os avisos não vão evitar / porque todos os risos vão desafiar / porque todos os sinos irão repicar / porque todos os hinos irão consagrar..." Em 15.9.92, ao tomar conhecimento do conteúdo de sua ficha no Dops-DPPS, em que há uma análise de "O Que Será", Chico Buarque declarou ao Jornal do Brasil: "acho que eu mesmo não sei o que existe por trás dessa letra e, se soubesse, não teria cabimento explicar..."
Por Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello

Confesso que eu esperava uma explicação ou um motivo mais assim...como direi...menos simples e mais  mirabolante, mas se tratando de Chico não dá para esperar nada, porque até mesmo dessa vez, ele conseguiu ser surpreendente...

Abaixo a versão que mais gosto:

O QUE SERÁ (A flor da pele)
 O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta os olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida nem nunca terá
O que não tem remédio nem nunca terá
O que não tem receita...
O que será que será,
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso nem nunca terá
O que não tem cansaço nem nunca terá,
O que não tem limite...
O que será que me dá,
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem governo nem nunca terá,
O que não tem juízo...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Rock n' roll + Cinema = Samba!


Filme: Quase Famosos (Almost Famous)
Direção: Cameron Crowe
Roteiro: Cameron Crowe
Gênero: Drama
Ano: 2000
Duração: 122 minutos
País: EUA
Idioma: Inglês

 
 
 
Eu nem sei se estou escrevendo este post mais por causa do filme ou mais pela música Tiny Dancer de Elton John que ouvi hoje de manhã e achei bom falar dos dois. A trilha sonora desse filme é exelente e conta também com músicas de David Bowie, Cat Stevens, Simon & Garfunkel, Beach Boys, etc. Também não poderia ser diferente, já que o filme tem como pano de fundo o rock n' roll e suas facetas.
 
Para o marketing americano (e nisso eles são realmente muito bons), deve ter sido de extrema importância colocar Kate Hudson (Como perder um homem em 10 dias) no cartaz para que as pessoas fossem "estimuladas" à assistirem ao filme, só que depois descobrem que ela é coadjuvante, mas atua brilhantemente como Pennylane, uma charmosa e apaixonada groupie.
 
Los Angeles, 1973.
William (Patrick Fugit) é um adolescente precoce, de 15 anos, apaixonado por música, e já crítico musical amador da Revista Creem e foi convidado para ser repórter da Revista Rolling Stones. E por conta disso, ele participa da turnê da banda Stillwater, onde faz amizade com o grupo e as groupies, que no filme se autodenominam como band aids.
 
A atriz Francis McDormand (Queime depois de ler e Alguém tem que ceder) participa pouco, mas deixa a sua marca. Ela faz a mãe neurótica e superprotetora de William.
 
O filme trata das pessoas que fazem música ou que trabalham com ela de alguma forma. Fala dos fãs, das drogas, do sexo, das festinhas de bastidores e fala do amor incondicional pela música. Ouso dizer que mostra uma visão nostálgica do rock dos anos 70 nos EUA.
 
Esse filme ganhou o Oscar de melhor roteiro original e tanto Francis McDormand como Kate Hudson foram indicadas ao prêmio de melhor atriz coadjuvante.
 
Taí o link caso queriam assistir a cena do filme em que eles cantam Tiny Dancer, achei melhor falar só do filme, a música fala por si só:

domingo, 1 de agosto de 2010

Preciosa, Precious


    Filme: Preciosa - Uma História de Esperança (Precious)
     Direção: Lee Daniels
     Roteiro: Geoffrey S. Fletcher / Baseado no romance: Push
     Ano: 2009
     Distribuidora: Lionsgate
     Duração: 110 minutos
     País: EUA
     Idioma: Inglês
    

Preciosa: Um História de Esperança, título original no Brasil, merece todos os prêmios que recebeu e quanto ao elenco, bom, esse aí dá um show a parte, inclusive Mariah Carey. Filme belamente dirigido por Lee Daniels e baseado no livro 'Push' de Sapphire.
          Como não se apaixonar por Claireece Preciosa Jones? Impossível! É um filme apaixonante do começo ao fim.
          Precious, protagonizado por Gabourey Sidibe, é uma adolescente, pobre, obesa e analfabeta. Estava grávida do segundo filho, ambos frutos dos estupros de seu pai e foi expulsa da escola onde estudava e teve que ir para uma escola alternativa. 
          Não gente, eu não estou estragando o filme, esse é o comecinho dele, é a partir disso que a história se desenrola. Mas, não pensem que o filme é horrível, dramático demais, porque simplesmente não é.
          Preciosa gira em torno da desgraça, que é um dos fatores determinantes assim como a esperança. Acredito que o toque ideal de sensibilidade, dado tanto pela direção quanto pelo atores, fizeram do filme um dramalhão NADA piegas e digno de todas as premiações que recebera.
          Mo'Nique estava fabulosa como a mãe de Precious. Mãe? Bom, o que importa é que ela humilha, esbraveja, prageja e arrasa. Fabulosa! 
          Percebi que todos tiveram que se despir de suas vaidades, tudo no filme era meio feio, as casas, as ruas, os atores, nem sei se feio é a palavra certa, mas era tudo meio sem cor, sem vida, a única pessoa que estava realmente cheia de beleza, cor e vida era a professora da escola alternativa (Paula Patton), que foi um dos estopins das mudanças e melhoras.
          O filme ainda contou com o enfermeiro (Lenny Kravitz) e a assistente social (Mariah Carey), ambos irreconhecíveis. Mariah Carey estava surpreendente e irreconhecível, só descobri que era ela porque li os créditos.
Enfim, um filme incrível e motivador. Um filme onde a desgraça é desgraça e a esperança é apenas uma ponta de felicidade.